quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Um eterno apocalypse
Quando o sofrimento vai, a dor permanece. Quando o amor vai, a angústia paralisia nossas vidas, estipulando limites amedrondatores. E quando o raio de sol finalmente aparecer, seremos tomados por uma chuva torrencial, avassaladora, arrebatadora. Talvez estejamos próximos do Apocalypse, ou sendo mais pessimista com uma grande dose de realismo, talvez já estejamos nele. Estamos em um eterno apocalypse moral, espiritual, humano, social. A busca insaciável pelo poder, domínio e pelo dinheiro parecem inacabáveis, e meu maior desejo seria, somente, ver um desastre tão grande que pudesse ser capaz de destruir nossas crenças mais sólidas, nossas ilusões mais protegidas pelo véu da mentira. Frente à verdade, estaremos ali; indefesos , frágeis, insanos, corrompidos até a alma pela nossa ganância pelo nada; a verdade dói e para não sofrermos mais do que já sofremos, nos iludimos com a vida eterna, com a recompensa divina e com a bondade humana. E é isso; vivemos para acreditar e tão-somente. Somos bobos, tolos, dementes sem origem, sem fim, sem propósito, tampouco sem um lugar consolidado. E nessa eterna sina estaremos, até que sejamos capazes de tapear nossas caras e encarar a verdade.
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Construtivo em cada vírgula e coeso em cada palavra, raciocínio linear e claro. Brilhante!
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