quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Parábola do recipiente vazio



Recipientes vazios aceitam qualquer coisa. Seja um suco, biscoitos, refrigerante ou até mesmo ignorância. Dentro desses recipientes, há, no processo de preenchimento, uma total falta de critério perante à absorção. O recipiente absorverá qualquer tipo de elemento; seja ele certo ou errado; bom ou ruim; profundo ou superficial; legal ou chato. Não interessa, pois ao recipiente vazio, qualquer elemento é válido, mesmo que seja maléfico para si mesmo. Recipientes também aceitam ilusões irracionais, ignorância alheia e mentiras mascaradas. No processo de esvaziamento, no entanto, há um método bastante inusitado: não contente com o preenchimento de tais contribuintes, o receptor, esvazia os elementos antes mesmo de assimilar seus efeitos e suas possíveis consequencias. Diante da superficialidade não assimilada pelo receptor, há, claramente, uma total falta de sentido para tudo que tivera absorvido, ao passo que esvazia os elementos de forma abrupta e radical. Quando isso ocorre, há para o receptor, uma amarga tristeza, constatando que entrou no processo vazio e saiu do mesmo modo, sem qualquer tipo de retenção benéfica.

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