quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sobre a realidade e o nada

Existimos em um imenso e abrangente nada, no qual denominamos "universo". Nascemos, aprendemos à andar, falar, e, mais futuramente, ter conciência sobre o amplo contexto social em que vivemos. Dentro dessa linha racional, somos praticamente incapazes de colocar nossos pés no chão; não por ser difícil visualizá-lo, mas sim por ser difícil encará-lo. Acreditar no concreto, no real, é tão difícil quanto controlar seus sentimentos, por maior que seja seu esforço. Diante desse esvaziamento praticamente inconcebível de nossas ilusões mais sólidas, estaremos frente à realidade. Mas, afinal: O que é realidade? Apagando todas as ilusões existentes, só nos resta uma real e verdadeira constatação: o nada. E admitir tal postura não me coloca como um ser pessimista, tampouco derrotista. Apenas, tratando-se do assunto realidade, é somente uma constatação óbvia, ao passo que ao esvaziarmos nossas ilusões ao zero, não sobrará nada além do imenso vácuo resultante dos processos conseguintes. Portanto, admitir a realidade, nada mais é que pisar na verdade, que diferentemente do conceito geral, não é sólido, tampouco duro. É apenas um enorme vazio, onde até nossas crenças mais convictas, estão guardadas no armário das ilusões.

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