quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A confortabilidade da morte

A vida, apesar de todos os percausos e atribulações, não passa de um efêmero passatempo. Saber que na verdade, todos estamos condenados à um fim inevitável(morte), faz com que a vida seja uma passagem consideravelmente suportável. A morte, tão sombria e evitada por todos, é justamente o fator que atribui algum valor à vida. Se nunca morrêssemos, para quê viveríamos? Qual seria o valor da vida sem que essa houvesse um final inevitável? Pois é; mesmo que relutemos em admitir e, por muitas vezes, amedontramo-nos perante a morte, ela é o que faz de tudo minimamente suportável; saber que as dores pessoais, as angústias criadas ao longo da vida terão um fim, é, no mínimo, reconfortante. Por isso, não sei porque uma necessidade praticamente doentia à procura de uma religião e uma falsa concepção da vida eterna; a morte é o melhor que a vida nos oferece, e conceber uma vida eterna, na minha opinião, seria, no mínimo, altamente aterrorizante. Portanto, não temo a morte como muitos. Vivo meu curso biológico, mas sem temer o inevitável, que, fatalmente, transformará minha existência em mais uma de tantas inexistências.

Um comentário:

  1. concordo, mas você sabe que essa necessidade de conforto é uma carência de muitas pessoas que precisam dessa ideia de vida eterna para poder suportar a vida,pois elas não suportariam viver dessa sua maneira incrédula

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